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Hostels Chile: Santiago, Viña del Mar e Pucón

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Chile, Pais mais comprido da América do Sul. Frio. Cordilheira dos Andes. Um lugar estranho. VIVOS! Toc, toc, toc. Eu sou Rodolfo Nícolas e com os poderes a mim concedidos, por mim mesmo, vou apresentar-lhes os locais onde nos hospedamos enquanto estávamos nas pradarias chilenas. Ieeeeeeennn (som de porta abrindo).

Hospedaje --> Hospedagem
Impomos poucas condições a nós mesmos e aos nossos bolsos quando fomos escolher a estadia: quarto e banheiro privativos. Não contei a minha companheira, mas um dos motivos foram as minhas viagens como atleta salgueirense. Os jogos aconteciam no Colégio Santos Dummont e muitos dos interioranos ficavam alojados no ginásio. Sortudo como sou, sempre tive família aqui na capital, o que me fornecia automaticamente cama quente e estadia tranquila para meu matulão. Mas eu via meus colegas sofrendo ao compartilhar quartos com estranhos e principalmente o estado dos banheiros... Bem, os Hostels por onde passamos se mostraram lugares muito civilizados e dificilmente encontraríamos aquela situação calamitosa de minha época de enxadrista (mas pra quê arriscar?). Também conta que se o dinheiro minguasse era possível economizar alguns dólares mudando do quarto privativo para um com mais pessoas.

Nossa primeira parada seria em Santiago e quem melhor que nossos mochileiros do coração Nathalia e Luiz para nos indicar um lugar? Eles falaram dos bairros e de alguns albergues. Daí começamos nossa procura na internet - a rede mundial de computadores. Vimos vários locais e vários preços. Em todas as pesquisas tivemos muita ajuda de sites como trip advisor, mochileiros.com e de blogs com depoimentos de outros viajantes.

SANTIAGO - O INÍCIO
Aportamos no La Casa Roja (lê-se rôrrá), que fica na Avenida Brasil il il, situado em um bairro universitário bem tranquilo da capital chilena. Só como curiosidade, em todas as cidades que ficamos havia uma Avenida Brasil, uma Carminha, um Tufão e um Pereirinha (ihihihihi). Nossa estadia foi acertada pela internet e pagamos 10% antecipado no cartão de crédito. Para garantir nosso quarto com banheiro privado desembolsamos 52 pilas americanas (dólares) pela diária. O casarão onde fica a Casa Roja é muto agradável, os atendentes e funcionários são bem prestativos e mesmo quando não falam sua língua se esforçam para entender as mímicas. Há uma bonita área para churrascos, festinhas, cochilos e uma piscina. Os únicos contras foram as toalhas que estavam meio sinistras, o café da manhã e o lixo que não havia sido retirado do quarto. O cômodo, por sinal, era enorme e pouco mobiliado, o que dava um certo desconforto. Ia esquecendo, mas ir ao balcão da recepção era garantia de boa música. Eles sempre estavam escutando alguma rádio que só tocava rock de qualidade (assim como praticamente todos os lugares do Chile que fomos).
Marcela sempre quis tirar uma foto assim, tipo IT Girl. A foto é para mostrar a entrada  do banheiro

Tapete bonito na parede
VIÑA DEL MAR
Após três noites em Santiago, rumamos para as cidades de Viña Del Mar e Valparaíso, as cidades irmãs e coladinhas, tipo Recife e Olinda. Passamos apenas uma noite na cidade e, num rompante de aventura, ficamos na hospedagem da empresa que fizemos o passeio turístico. Era um lugar bem estranho... era uma casa com uma portinha e dentro uma sala enorme com uma mesinha de fiscal de terminal de ônibus. O guia estava meio desencontrado com o atendente e parecia que o lugar estava vazio e que éramos os únicos hóspedes. Mais toalhas sinistras.

Pela primeira vez nos encontramos com o chuveiro em formato de ducha, e tivemos muita dificuldade em lidar com isso. Nos sentimos meio desprotegidos naquele lugar e lá foi a primeira vez que assistimos televisão no Chile. Ficamos até tarde olhando a TV e o trinco da porta, tentando ouvir qualquer barulho estranho. A sensação de que teríamos nossos órgãos roubados era imensa... Mas nada de ruim aconteceu e Marcela ainda deu um zignal no recepcionista e ao invés de sairmos doze e meia saímos lá pelas quinze horas. Custou 20.000 pesos (USD 40).

Vale destacar que a estadia era bem localizada e ficava próximo ao Terminal de Ônibus, shopping, padaria, pontos históricos...Nessa experiência descobrimos que viajar também é sinônimo de confiar em desconhecidos. É difícil, mas vale o exercício.

Disfarçado para fugir e não pagar uma diária a mais por causa do atraso

PUCÓN

Na nossa penúltima parada, nos hospedamos no Hostal Carmen, em Pucón. Esse foi, sem dúvidas, o melhor e mais aconchegante local de toda nossa vida Chilena. Carmen não tinha toalhas sinistras nem toalha nenhuma, mas todos os dias ela conversava agradavelmente com a gente na cozinha da sua casa ou, simplesmente, pelos corredores nos dando dicas da cidade ou falando sobre os costumes de seu País. O quarto era super arrumadinho com uma cama gostosa e silenciosa, ótimas prateleiras e cabides para guardar nossos sucos, roupas e apetrechos. O banheiro também tinha a ducha gigante e era bem apertadinho, o que embaçava o espelho e dava para deixar recadinhos de amor para o próximo usuário.


Carmen foi o único local em que realmente nos sentimos suficientemente bem recebidos e confortáveis para utilizar a cozinha, seja para cozinhar ou para ficar de bobeira. No último dia, ela ainda guardou nossas bagagens atrás do aquecedor - igual aquele do episódio da fome de Pica-pau - enquanto passeávamos pela cidade (nossa estadia acabou às 12h, mas o bus só saia às 19h30). Foi o único lugar que nos deixou saudade. Por 42 dólares, por dia, você também pode desfrutar destes encantos.
Área da gente em Pucón
As salsichas no Chile são branquinhas e desbotadas... não são feitas para cozinhar com molho
Corredor principal
Esse Watt tava ótimo
Foto do cantinho é sempre charmoso, dá muitos acessos
SANTIAGO - O FIM
Voltando a Santiago resolvemos conhecer um pouco do Bairro da Bellavista, no último dia, e ficamos em uma pousada homônima. Era um lugar suuuper transado, u-hu, cheio de arte pelas paredes, áreas comuns, sofás, televisões, um gato e era enorme mesmo. Também era cheio de presentinhos dos que já se hospedaram por lá, fotos, bandeiras, cartões e até camisas de times como São Paulo e Atlético Mineiro (mas não do Salgueiro e eu que não deixaria meu manto sagrado lá). Tava tudo muito bom, tava tudo muito bem, mas pela primeira vez ficamos num quarto com banheiro compartilhado e ele ficava no anexo da casa principal. Agora pare (pegue no compasso, tá, brincadeira...), pense no terror que sentimos na estadia em Viña Del Mar... Aqui ele se concretizou por outros meios, não por medo, mas por dor. Muita dor. O nosso quarto ficava no anexo ao lado da casa principal e o terror ficava no banheiro. O chuveiro duchinha estava lá, mas a água quente não... a água descia tão fria que o cano suava... doía na pele quando batia. Doía como se fossem agulhas furando a pele ou facas cortando tiras do couro. Eu até procurei o sangue escorrendo no meio da água, mas como não vi nada vermelho achei que deveriam ser facas quentes que já cauterizavam as feridas. A estadia saiu por 52 dólares. Esqueci de maiores detalhes deste local, só me lembro da dor...

Vale muito a pena ficar em albergues se você for viajar pelo Chile. Aprendemos que é importante fazer uma boa pesquisa antes de escolher os locais, de preferência já saber os locais de estadia antecipadamente para evitar que aconteça o que nos aconteceu em Viña Del Mar. No mais, nossas grandes sugestões são La Casa Roja, em Santiago, e Hostal Carmen, em Pucón.

Links comentados:

Rodolfo Nícolas acha o banheiro privado necessário.
Marcela Balbino escolheu a estadia em Viña.

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