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O dia em que quase derreti no ônibus

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Existem várias coisas que acho estranhas e não entendo, mas aquela que mais me atormenta nos últimos tempos é o efeito estufa do coletivo. Ando de ônibus por opção e justifico com aquele blá blá blá de salvar o mundo, luta pela melhoria do transporte público e tarará. Tudo balela! Na verdade sou é preguiçoso e gosto de dormir na viagem.
Senti o bafo quente da morte esse dia...
Em geral, consigo me abancar rapidinho e tirar ótimos cochilos nas linhas de ônibus que utilizo, após uma leve leitura (sei que isso "estraga" a vista... favor não me imitar) ou enquanto escuto algum podcast. O sacudido do ônibus é bom, me sinto como se fosse ninado pelo amontoado de metal, vidro e plástico. Como se Jonas ou Gepeto não se sentissem incomodados de estar no ventre da baleia.

Mas, como nem tudo é sucesso, surge um problema quando caem os primeiros pingos de chuva (ou alguém está pregando ou se transforma em DJ, só que isso é outra coisa). O recifense parece temer o líquido da vida. E não é pouco. Pingou e todas as janelas e entradas de ar dos ônibus são imediata e hermeticamente fechadas!
Essa Recife tão quente e úmida


Vai lá, Raul!
Não demora muito e o calor fica infernal dentro do ônibus... A sensação térmica vai a mil por não ter circulação de ar e a umidade aumenta devido a chuva e o suor. Começa a ficar abafado e difícil de respirar por causa da elevada sensação térmica. Aí você morre. Morre de raiva da opção das pessoas em chegar no trabalho suadas e "nhaquentas", ao invés de molhadas. Sendo que a maioria se molha ao descer do ônibus... Estranho mesmo.

Raul Jungman deveria incluir na sua campanha de fora rodízio um adendo sobre essa triste situação no transporte público do Recife. Haveria uma melhora considerável no humor do cidadão recifense e, consequentemente, um aumento de produtividade se eles tivessem menos medo de água.


Rodolfo Nícolas se molha.

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