Sempre vinculei praia ao sentimento de renovação e paz espiritual. As ondas, o horizonte e a imensidão azul me embriagavam os olhos. Mas, na virada de 2013 para 2014, resolvi trocar a praia pelas cachoeiras. Assim, trai meu amor azulado pelas águas transparentes e o verde quase intocável das cachoeiras de Bonito.
Acesso ao guia recifestranho de bonito |
A grandeza das rochas e a força das águas impressionam. Viver Bonito por três dias, totalmente desconectados dos problemas, dos estresses e, principalmente, da internet foi uma experiência renovadora.
Assim, voltando para o mundo real, resolvemos compartilhar em uma enorme e completa postagem os encantos de Bonito e as aventuras que vivemos com Nathalia e Luiz, nossos companheiros de aventura.
Assim, voltando para o mundo real, resolvemos compartilhar em uma enorme e completa postagem os encantos de Bonito e as aventuras que vivemos com Nathalia e Luiz, nossos companheiros de aventura.
O contato com a natureza e a simplicidade estavam presentes em cada canto da Pousada Sono Bom, que escolhemos para passar o ano novo. Um antigo casarão perto da igreja, marco zero de Bonito, que possui quartos enormes e aconchegantes. Quem preferir acampar, também tem espaço (só é preciso ter cuidado com as formigas que têm no quintal). As diárias incluem um delicioso café da manhã para dar sustância durante as pelejas do dia.
INÍCIO DA VIAGEM
INÍCIO DA VIAGEM
No primeiro dia, chegamos sem muito rumo e na pousada nos explicaram como chegar às cachoeiras. Não precisa de guia e dá para ir de ônibus ou de moto-táxi (em qualquer interior você resolve tudo de moto-táxi), mas recomendamos que vá de carro ou fique hospedado no EcoParque ou em alguma pousada já na rota das cachoeiras.
Depois de almoçar, seguimos o conselho da administradora da Pousada e caminhamos quase uma hora em subidas de terra batida para ver a capela de Monte Serrat e um laguinho que, antes da ação do homem, deve ter sido muito gostoso de se banhar. Nesse dia enfrentamos uma cobra que parecia um filhote de alien e aprendemos que plantas com muitos pelos, geralmente, queimam.
NA ROTA DAS CACHOEIRAS
O segundo dia foi o mais completo da jornada. Pegamos a estrada para fazer a rota das cachoeiras. Os mapas espalhados pela cidade não são muito bons, então nos guiamos pelo que Ana Paula, da Sono Bom, nos deu e explicou. Não tem muito o que errar, mas é bom que alguém mais experiente explique os detalhes da estrada antes do passeio, para que a pessoa não se perca em nenhuma entrada, já que alguns pontos não são bem sinalizados.
Depois de almoçar, seguimos o conselho da administradora da Pousada e caminhamos quase uma hora em subidas de terra batida para ver a capela de Monte Serrat e um laguinho que, antes da ação do homem, deve ter sido muito gostoso de se banhar. Nesse dia enfrentamos uma cobra que parecia um filhote de alien e aprendemos que plantas com muitos pelos, geralmente, queimam.
NA ROTA DAS CACHOEIRAS
O segundo dia foi o mais completo da jornada. Pegamos a estrada para fazer a rota das cachoeiras. Os mapas espalhados pela cidade não são muito bons, então nos guiamos pelo que Ana Paula, da Sono Bom, nos deu e explicou. Não tem muito o que errar, mas é bom que alguém mais experiente explique os detalhes da estrada antes do passeio, para que a pessoa não se perca em nenhuma entrada, já que alguns pontos não são bem sinalizados.
Visitamos o Mirante do Bonito, a Colônia dos Japoneses, o Poço Dantas, o Véu da Noiva, a Gruta, a Pedra Redonda e a Barra Azul. Em alguns lugares você paga pequenas taxas para entrar, variando de R$ 2 a R$ 3 (os mais caros são os parques, que podem chegar a R$ 10).
O mirante é a primeira parada e é um lugar que dá uma boa visão da cidade. Fica ainda na beira da estrada. Depois tem a reserva do Mucuri, mas não fomos, primeiro por termos perdido a entrada e depois por não ter cachoeira.
Insistimos em andar muito na estrada de terra para ver a colônia dos Japoneses que estava fechada... Vimos muitas plantações de couve e inhame no caminho e descobrimos que na colônia não veríamos ninguém cometendo sepuku ou harikiri, muito menos lutas de espada ou robôs gigantes e essas coisas que imaginamos quando falamos do Japão.
Os japoneses foram para lá apenas para morar e trabalhar... Não recomendamos a ida à colônia sem que se tenha agendado previamente e se saiba que essas coisas legais que citei irão acontecer.
Insistimos em andar muito na estrada de terra para ver a colônia dos Japoneses que estava fechada... Vimos muitas plantações de couve e inhame no caminho e descobrimos que na colônia não veríamos ninguém cometendo sepuku ou harikiri, muito menos lutas de espada ou robôs gigantes e essas coisas que imaginamos quando falamos do Japão.
Daniel San! |
Voltamos pra pista principal e, pouco depois de alguns quilômetros de terra, chegamos a cachoeira Véu da Noiva, uma bela queda d’água, onde Nathália estava doida para fazer rapel, porém não foi possível porque não havia instrutores no local.
Pra ter acesso à cachoeira, passamos pelo Poço Dantas, um local de águas geladas, como aço norueguês, e depois descemos por um caminho de terra e umas escadas feitas em mil novecentos e bolinha que nem sempre estão firmes. Tem uma corda para ajudar, mas nem todo mundo tem costume de caminhar agarrado numa.
Conseguindo descer é só tirar a roupa e ter cuidado com as pedras escorregadias. Dá para chegar embaixo da cachoeira com certa segurança, mas preferimos não arriscar. Somos ousados e optamos por descer caminhando pelo mato até encontrar um trecho do rio da cachoeira.
Na saída da cachoeira, saboreamos uma deliciosa carne de sol no restaurante na entrada do Véu da Noiva. Cada PF saiu por R$ 12 e vale muito a pena.
Pra ter acesso à cachoeira, passamos pelo Poço Dantas, um local de águas geladas, como aço norueguês, e depois descemos por um caminho de terra e umas escadas feitas em mil novecentos e bolinha que nem sempre estão firmes. Tem uma corda para ajudar, mas nem todo mundo tem costume de caminhar agarrado numa.
Aventura! |
Cachoeira! |
Ângulo selvagem |
Na saída da cachoeira, saboreamos uma deliciosa carne de sol no restaurante na entrada do Véu da Noiva. Cada PF saiu por R$ 12 e vale muito a pena.
PF de carne de sol, daqui ó |
Seguindo pela mesmo caminho do Véu da Noiva, dobrando no pé de côco (também conhecido como coqueiro), encontra-se a entrada da Pedra Redonda e da Gruta. Para nós, aquele foi o melhor lugar de Bonito.
Marcela strong |
Rodolfo ao redor |
Tranquilo, belo e de fácil acesso à queda d’água, assim tiramos muitas fotos estilo “O som ao redor”. Mas, na Pedra Redonda, Luiz sofreu um acidente e infelizmente machucou o braço. Nos banhamos muito antes de ir para a Gruta, mas nem a achamos, já que nosso mais intrépido integrante se machucara. Depois disso, ninguém teve muita coragem de desbravar as entradas nas pedras. Só sentimos a natureza e o frio da água, imaginando a entrada da Gruta.
Pra fechar o dia, seguimos um pouco mais a frente, pelo mesmo caminho, até a Barra Azul. A cachoeira estava seca e isso permitiu a subida até o topo.
É uma escalada sem grandes problemas, mas é preciso cuidado, pois se pisar em algum lugar escorregadio, só encontrará pedras e rochas durante a descida. Eu e Marcela achamos melhor ficar no meio da cachoeira, Luiz e Nathalia foram até o topo e disseram que é belíssimo. Imaginei diversas formas que cairíamos dali, uma pior que a outra. Um dia escrevo um fan-fic sobre isso.
Barra azul |
Nathalia desbravando Barra azul |
No terceiro dia, só eu e Marcela seguimos, porque Luiz descobriu no médico que estava de braço quebrado e precisou ir para Caruaru resolver essa bronquinha. O serviço no hospital de Bonito foi ótimo e na UPA de Caruaru também, mas não deu tempo de eles saírem com a gente. Enquanto eles estavam na capital do forró, nós fomos cumprir a segunda parte da viagem, rumo ao Engenho Verde, Véu da Noiva 2 e Bonito EcoParque.
O Engenho Verde estava fechado... mas tiramos algumas fotos da Arena Bonito que fica situada lá. Depois fomos ao Véu da Noiva 2, onde pudemos tomar mais banho de cachoeira.
Os mais radicais podem até arriscar um esquibunda na primeira queda, mas vi hora o cara que tava fazendo isso bater a cabeça e morrer. Essa cachoeira e a Barra Azul devem ficar monstruosas quando aumenta o fluxo de água! Só que aí só se banha quem fizer rapel nelas.
Os mais radicais podem até arriscar um esquibunda na primeira queda, mas vi hora o cara que tava fazendo isso bater a cabeça e morrer. Essa cachoeira e a Barra Azul devem ficar monstruosas quando aumenta o fluxo de água! Só que aí só se banha quem fizer rapel nelas.
Engenho verde |
Arena Bonito ao fundo |
A última parada do dia foi no Bonito EcoParque, onde tomamos banho numa queda d’água bem legal. O parque é grande e tem diversas coisas para fazer, mas não perca tempo tomando banho de piscina ou descendo no pseudo-rapel, vá direto para a tirolesa! Tinha ido na maior tirolesa de Natal e achava que era alta, mas a de Bonito é muuuuito alta. Você veste um cinto paraquedista e cai no vazio quando te soltam, a velocidade é tão grande que dá pra dar uma ricocheteada com o impacto na água. Vale desembolsar os R$ 15 (além dos 10 da entrada).
Em praticamente todos os pontos da cachoeira há restaurantes, mas só “expermentamos” no do Véu da Noiva 1, e está aprovado e indicado.
COMIDINHAS
A noite jantamos em um ponto chamado Soparia e Panquecaria (que vende macarrão). Aproveitamos para tomar um caldinho no Point do Barão, os dois estabelecimentos ficam na avenida principal da cidade. Cuidado na Soparia, porque os ingredientes das comidas vêm sempre misturados e não aceite se o garçom pedir pra você anotar seu pedido, isso pode gerar confusão.
Também tem o Restaurante do Ceará e o Bonito Grill para comer. Mas o melhor lugar da cidade é o Bar do Brito, que está sempre aberto e bombando com a melhor janta e café da manhã da cidade (vá por mim, vá por mim). Para relaxar, a sorveteria Fika Frio quebra o gelo.
O terrível lagarto, inimigo do Homem-Aranha |
Um pedacinho do Véu da Noiva 2 |
Outro pedacinho |
COMIDINHAS
A noite jantamos em um ponto chamado Soparia e Panquecaria (que vende macarrão). Aproveitamos para tomar um caldinho no Point do Barão, os dois estabelecimentos ficam na avenida principal da cidade. Cuidado na Soparia, porque os ingredientes das comidas vêm sempre misturados e não aceite se o garçom pedir pra você anotar seu pedido, isso pode gerar confusão.
Panquecas |
Macarrão sempre com ingredientes diferentes dos pedidos |
COMO CHEGAR?
Bonito é uma cidade no agreste de Pernambuco, distante 136 quilômetros de Recife e mais ou menos 450 quilômetros de Salgueiro. Saindo de Recife você segue pela BR-232 e na altura de Bezerros pega a PE-103 como quem vai para Camocim de São Félix (as placas indicam) e segue em frente até chegar em Bonito.
Se você for de ônibus, vá para o TIP e depois que comprar a passagem confie que o motorista sabe o caminho.
Se você for de ônibus, vá para o TIP e depois que comprar a passagem confie que o motorista sabe o caminho.
Show da virada Bonito 2013/2014 |
Fogueira da paz e da amizade |
Um condor |
Já não tão íntegros e com Alana |
A Pousada Sono Bom fica em Bonito na Praça da Matriz, número 39. Para entrar em contato acesse http://pousadasonobom.blogspot.com.br/ ou envie um e-mail para pousadasonobom@yahoo.com.br.