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2014 nasceu em Bonito

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Sempre vinculei praia ao sentimento de renovação e paz espiritual. As ondas, o horizonte e a imensidão azul me embriagavam os olhos. Mas, na virada de 2013 para 2014, resolvi trocar a praia pelas cachoeiras. Assim, trai meu amor azulado pelas águas transparentes e o verde quase intocável das cachoeiras de Bonito.
Acesso ao guia recifestranho de bonito
A grandeza das rochas e a força das águas impressionam. Viver Bonito por três dias, totalmente desconectados dos problemas, dos estresses e, principalmente, da internet foi uma experiência renovadora.

Assim, voltando para o mundo real, resolvemos compartilhar em uma enorme e completa postagem os encantos de Bonito e as aventuras que vivemos com Nathalia e Luiz, nossos companheiros de aventura.
Todos íntegros e eu sem cabelos
O contato com a natureza e a simplicidade estavam presentes em cada canto da Pousada Sono Bom, que escolhemos para passar o ano novo. Um antigo casarão perto da igreja, marco zero de Bonito, que possui quartos enormes e aconchegantes. Quem preferir acampar, também tem espaço (só é preciso ter cuidado com as formigas que têm no quintal). As diárias incluem um delicioso café da manhã para dar sustância durante as pelejas do dia.

INÍCIO DA VIAGEM 

No primeiro dia, chegamos sem muito rumo e na pousada nos explicaram como chegar às cachoeiras. Não precisa de guia e dá para ir de ônibus ou de moto-táxi (em qualquer interior você resolve tudo de moto-táxi), mas recomendamos que vá de carro ou fique hospedado no EcoParque ou em alguma pousada já na rota das cachoeiras. 

Depois de almoçar, seguimos o conselho da administradora da Pousada e caminhamos quase uma hora em subidas de terra batida para ver a capela de Monte Serrat e um laguinho que, antes da ação do homem, deve ter sido muito gostoso de se banhar. Nesse dia enfrentamos uma cobra que parecia um filhote de alien e aprendemos que plantas com muitos pelos, geralmente, queimam.

NA ROTA DAS CACHOEIRAS

O segundo dia foi o mais completo da jornada. Pegamos a estrada para fazer a rota das cachoeiras. Os mapas espalhados pela cidade não são muito bons, então nos guiamos pelo que Ana Paula, da Sono Bom, nos deu e explicou. Não tem muito o que errar, mas é bom que alguém mais experiente explique os detalhes da estrada antes do passeio, para que a pessoa não se perca em nenhuma entrada, já que alguns pontos não são bem sinalizados. 

Visitamos o Mirante do Bonito, a Colônia dos Japoneses, o Poço Dantas, o Véu da Noiva, a Gruta, a Pedra Redonda e a Barra Azul. Em alguns lugares você paga pequenas taxas para entrar, variando de R$ 2 a R$ 3 (os mais caros são os parques, que podem chegar a R$ 10).

O mirante é a primeira parada e é um lugar que dá uma boa visão da cidade. Fica ainda na beira da estrada. Depois tem a reserva do Mucuri, mas não fomos, primeiro por termos perdido a entrada e depois por não ter cachoeira. 

Insistimos em andar muito na estrada de terra para ver a colônia dos Japoneses que estava fechada... Vimos muitas plantações de couve e inhame no caminho e descobrimos que na colônia não veríamos ninguém cometendo sepuku ou harikiri, muito menos lutas de espada ou robôs gigantes e essas coisas que imaginamos quando falamos do Japão.
Daniel San!
Os japoneses foram para lá apenas para morar e trabalhar... Não recomendamos a ida à colônia sem que se tenha agendado previamente e se saiba que essas coisas legais que citei irão acontecer.

Voltamos pra pista principal e, pouco depois de alguns quilômetros de terra, chegamos a cachoeira Véu da Noiva, uma bela queda d’água, onde Nathália estava doida para fazer rapel, porém não foi possível porque não havia instrutores no local.

Pra ter acesso à cachoeira, passamos pelo Poço Dantas, um local de águas geladas, como aço norueguês, e depois descemos por um caminho de terra e umas escadas feitas em mil novecentos e bolinha que nem sempre estão firmes. Tem uma corda para ajudar, mas nem todo mundo tem costume de caminhar agarrado numa.
Aventura!
Cachoeira!
Ângulo selvagem
Conseguindo descer é só tirar a roupa e ter cuidado com as pedras escorregadias. Dá para chegar embaixo da cachoeira com certa segurança, mas preferimos não arriscar. Somos ousados e optamos por descer caminhando pelo mato até encontrar um trecho do rio da cachoeira. 

Na saída da cachoeira, saboreamos uma deliciosa carne de sol no restaurante na entrada do Véu da Noiva. Cada PF saiu por R$ 12 e vale muito a pena.
PF de carne de sol, daqui ó
Seguindo pela mesmo caminho do Véu da Noiva, dobrando no pé de côco (também conhecido como coqueiro), encontra-se a entrada da Pedra Redonda e da Gruta. Para nós, aquele foi o melhor lugar de Bonito.

Marcela strong


Rodolfo ao redor
Tranquilo, belo e de fácil acesso à queda d’água, assim tiramos muitas fotos estilo “O som ao redor”. Mas, na Pedra Redonda, Luiz sofreu um acidente e infelizmente machucou o braço. Nos banhamos muito antes de ir para a Gruta, mas nem a achamos, já que nosso mais intrépido integrante se machucara. Depois disso, ninguém teve muita coragem de desbravar as entradas nas pedras. Só sentimos a natureza e o frio da água, imaginando a entrada da Gruta.

Pra fechar o dia, seguimos um pouco mais a frente, pelo mesmo caminho, até a Barra Azul. A cachoeira estava seca e isso permitiu a subida até o topo.


Barra azul
Nathalia desbravando Barra azul
É uma escalada sem grandes problemas, mas é preciso cuidado, pois se pisar em algum lugar escorregadio, só encontrará pedras e rochas durante a descida. Eu e Marcela achamos melhor ficar no meio da cachoeira, Luiz e Nathalia foram até o topo e disseram que é belíssimo. Imaginei diversas formas que cairíamos dali, uma pior que a outra. Um dia escrevo um fan-fic sobre isso.

No terceiro dia, só eu e Marcela seguimos, porque Luiz descobriu no médico que estava de braço quebrado e precisou ir para Caruaru resolver essa bronquinha. O serviço no hospital de Bonito foi ótimo e na UPA de Caruaru também, mas não deu tempo de eles saírem com a gente. Enquanto eles estavam na capital do forró, nós fomos cumprir a segunda parte da viagem, rumo ao Engenho Verde, Véu da Noiva 2 e Bonito EcoParque.

O Engenho Verde estava fechado... mas tiramos algumas fotos da Arena Bonito que fica situada lá. Depois fomos ao Véu da Noiva 2, onde pudemos tomar mais banho de cachoeira. 

Os mais radicais podem até arriscar um esquibunda na primeira queda, mas vi hora o cara que tava fazendo isso bater a cabeça e morrer. Essa cachoeira e a Barra Azul devem ficar monstruosas quando aumenta o fluxo de água! Só que aí só se banha quem fizer rapel nelas.
Engenho verde
Arena Bonito ao fundo
A última parada do dia foi no Bonito EcoParque, onde tomamos banho numa queda d’água bem legal. O parque é grande e tem diversas coisas para fazer, mas não perca tempo tomando banho de piscina ou descendo no pseudo-rapel, vá direto para a tirolesa! Tinha ido na maior tirolesa de Natal e achava que era alta, mas a de Bonito é muuuuito alta. Você veste um cinto paraquedista e cai no vazio quando te soltam, a velocidade é tão grande que dá pra dar uma ricocheteada com o impacto na água. Vale desembolsar os R$ 15 (além dos 10 da entrada).

Em praticamente todos os pontos da cachoeira há restaurantes, mas só “expermentamos” no do Véu da Noiva 1, e está aprovado e indicado. 
O terrível lagarto, inimigo do Homem-Aranha
Um pedacinho do Véu da Noiva 2
Outro pedacinho

COMIDINHAS



A noite jantamos em um ponto chamado Soparia e Panquecaria (que vende macarrão). Aproveitamos para tomar um caldinho no Point do Barão, os dois estabelecimentos ficam na avenida principal da cidade. Cuidado na Soparia, porque os ingredientes das comidas vêm sempre misturados e não aceite se o garçom pedir pra você anotar seu pedido, isso pode gerar confusão. 
Panquecas
Macarrão sempre com ingredientes diferentes dos pedidos
Também tem o Restaurante do Ceará e o Bonito Grill para comer. Mas o melhor lugar da cidade é o Bar do Brito, que está sempre aberto e bombando com a melhor janta e café da manhã da cidade (vá por mim, vá por mim). Para relaxar, a sorveteria Fika Frio quebra o gelo.

COMO CHEGAR?

Bonito é uma cidade no agreste de Pernambuco, distante 136 quilômetros de Recife e mais ou menos 450 quilômetros de Salgueiro. Saindo de Recife você segue pela BR-232 e na altura de Bezerros pega a PE-103 como quem vai para Camocim de São Félix (as placas indicam) e segue em frente até chegar em Bonito. 

Se você for de ônibus, vá para o TIP e depois que comprar a passagem confie que o motorista sabe o caminho.

Show da virada Bonito 2013/2014
Fogueira da paz e da amizade
Um condor
Já não tão íntegros e com Alana
A Pousada Sono Bom fica em Bonito na Praça da Matriz, número 39. Para entrar em contato acesse http://pousadasonobom.blogspot.com.br/ ou envie um e-mail para pousadasonobom@yahoo.com.br.

Rodolfo Nícolas vai responder o que é um transistor.
Marcela pensou que estava num filme.
Nathalia e Luiz provaram que o sistema de saúde pública de Bonito é massa.

Bônus: Mapa da Rota das Cachoeiras
Clique para ampliar e imprima


Sansa Sanduíches e Saladas - Qualquer coisa grita!

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Quem me conhece sabe o quanto eu posso ficar empolgada com lugares ou eventos novos no Recife. E quando a novidade é um bar ou restaurante perto de casa ou do trabalho eu piro! Há umas semanas, fui pela primeira vez no Sansa, o novo point natureba do Recife Antigo. Recentemente, fui matar a saudade e a impressão que tive foi a mesma: que lugar maravilhoso!
Veio só meio pão ou a correspondente só lembrou do serviço após comer a primeira metade?
Dessa vez, escolhi o Trio Sansa do dia. Pausa: de segunda a sexta eles oferecem combos com suco, meia salada e meio sanduíche. Continuando: o de hoje era o Hot Dog Pernambuco (cachorro quente de festa, tomate e creme cheese). A salada foi uma versão mini da que comi da outra vez, a Integral (folhas, peito de peru defumado, queijo mussarela, tomate seco e castanhas). E o principal, isso tudo por 15 dilmas! :D #oslisopira

Além do trio, dá pra pedir só a salada ou só o sanduíche. São cinco opções de saladas, que variam entre R$ 21,50 e R$ 32,50 e são muito bem servidas. Tipo, duas pessoas não esfomeadas dividem de boa. Já os sanduíches são 10 sabores, de vegetariano a filé mignon. Os preços variam de R$ 16,50 a R$ 22.
Foto retirada do facebook do sansa. Ganhou destaque pelo combo de estrelas
Tem também as sobremesas. Não provei nenhuma ainda, mas parecem ser bem delícias. A maioria é uma mistura de sorvete com cremes ou caldas de frutas, mas tem também cookie e bolo. Outro detalhe muito importante é que o Sansa abre aos domingos de ciclofaixa! Espero que isso incentive os outros estabelecimentos a fazerem o mesmo.

Então, quando estiver de passagem pelo Antigo na hora do almoço, faça um favor a você mesmo e dê uma passadinha no Sansa, vá!
O Sansa fica no Recife Antigo na Avenida Rio Branco em frente a banca de revistas (juro que tem isso no facebook deles). Funciona de segunda a sexta das 11:30 às 16:00 e nos domingos de 10:00 às 15:00. Qualquer coisa ligue para lá 081 3224-7614.

Lorena Tapavicsky voltou com saúde

Raspadinha de Recife

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Esses dias eu tava de bobeira na cidade, um calor da peste, quando ali perto das pontes onde colocam a árvore de natal comecei a ouvir um rucko rucko rucko. Vinha da carroça de raspadinha (ou raspa raspa).
Raspadinha full power
Me aproximei para saber quanto era (tinha de 1,50 e 2,00) e fiquei vendo dois profissionais de segurança patrimonial móvel urbana (flanelinhas) brigando por um copo do produto da barraca. Terminaram não decidindo nada e eu pedi uma de R$ 2,00. Morango com uva.

Pra quem não sabe (eu não sabia, já que este é um mercado não explorado em Salgueiro) a raspadinha é gelo raspado regado a um concentrado de ki-suco, com uma viscosidade tipo xarope. Esse caldo é derramado nas rapas e vai preenchendo os espaços, manchando a transparência do gelo. É tipo um câncer que empesteia e enraíza num pulmão. Depois você vai sugando o xarope pelo canudo, deixando que a água do gelo que derrete afine o caldo num processo continuo. É belo.
Interessante ferramenta de raspagem de gelo
Raspadinha de morango com uva
Você encontra carroças de raspadinha espalhadas por todo o Recife, principalmente nas praias e no centro da cidade.

Estava gostosa essa raspadinha, mas senti um gosto amarrado no final de cada golada. Acho que algum ingrediente, o gelo ou o caldo, tinha água do rio. Mais recifense que isso não dá.
A carrocinha
Até a raspadinha pode ser poética
Rodolfo Nícolas sempre bebe tudo de uma vez e fica mastigando o gelo puro.

Batatas, Alceu e novelas

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Eu sempre gostei de ver novelas. Chamar um ator pelo nome de um personagem de outra novela é como marcar território. Mas esse blog é sobre Recife... não dá para enfiar novela goela abaixo numa pauta sem noção. Claro que dá! E ainda misturando com Chile e batatas.
Ahhh as batatas da terra... com o meu amor eu vou até pra guerra!
Saiu essa semana (faz tempo que escrevo isso) no Diário de Pernambuco, não o pernambucano, uma matéria sobre músicas de nossa terrinha nas novelas desse Brasil varonil. Nomes como Lenine, Nação Zumbi e Dominguinhos são figurinhas tarimbadas nas trilhas dos folhetins, só que nenhum chega perto das 14 aparições de Alceu Valença (não contaram Michael Sullivan pois o mesmo só compõe).

Mas e daí? Repeti um monte de coisa e vou colocar a lista ali embaixo e tal, mas não falei o motivo dessa lorota toda. O motivo é que em nostra visita ao Chile, enquanto comíamos batatas temperadas com merquén, eu e Marcela, começamos a lembrar como nos identificávamos com algumas novelas por causa da trilha sonora, e como muitas vezes Alceu Valença era o culpado disso! Então, com batatas e camarões temperados a merquén, apresento o top 5 de músicas de Alceu que apareceram em novelas!
El merquén para los fuertes
Pisco sour, lá rainha de las bebidas chilenas
Um gatinho puconiano aleatório
Prepare-se para uma das postagens mais psicodélicas do recifestranho.

Cana Caiana, em A Indomada, 1997
Em 97 o maior mistério era saber quem era o cadeirudo! Daí que a gente moia e moia nessa dúvida enquanto Cana Caiana embalava a situação toda, que era recheada de sotaques nordestinos misturados com palavras americanas. Nhanhar era o must. No fim, Emanuel superou todos os seus problemas e ficou com Grampola, Eva Vilma falou a palavra quenga mais vezes que qualquer pessoa na televisão e, até onde me lembro, foi o primeiro crossover entre duas novelas (Murilo Pontes de Pedra sobre Pedra aparece no cassino para jogar). Obs: Vi Teobaldo no aeroporto no dia que comecei a escrever esse texto!

Bobo da Corte, em Mandala, 1987
Não faço ideia de que novela é essa, pois só tinha 3 anos nessa época, mas essa música é muito foda. Grande parte da música é só uma viagem que o autor deve ter tido enquanto olhava a lua de seu vaso sanitário, mas o Tchê, tchum, tchê, rêi, Tchê, tchum, tchê, rêi,Tchê, tchum, tchê, rêi,Tchê, tchum, tchê, rêi,Tchê, tchum, tchê, rêi,Tchê, tchum, tchê, rêi,Tchê, tchum, tchê, rêi,Tchê, tchum, tchê, rêi,Tchê, tchum, tchê, rêi,Tchê, tchum, tchê, rêi,Tchê, tchum, tchê, rêi,Tchê, tchum, tchê, rêi,Tchê, tchum, tchê, rêi,Tchê, tchum, tchê, rêi, é muito sensacional!

Paixão, em 4x4, 1994
O Brasil ganhava a Copa depois de 24 anos. Babalu e Raí se tornaram rapidamente o casal mais famoso do Brasil, tudo embalado pelos empolgados gritos de Alceu. PaixããããÃÃÃo, uou paixão, tirururu tu tu tu! Quem não gritava isso para o coleguinha que estava caidinho na paquera? Talvez essa tenha sido a novela que inaugurou uma era de folhetins engraçaralhos, com homens sem camisa e mulheres com roupas curtas. De longe foi o expoente máximo dessa leva.


Tomara, em Pedra sobre pedra, 1992
Tomara meu Deus tomááááára... Hit que embalou a cidade de Resplendor, onde aconteciam os maiores arranca rabos e batidas de virilha entre Pilar Batista e Murilo Pontes. Tem um romancezinho fubeca entre os filhos do casal principal, mas marcante mesmo nessa novela foi Jorge Tadeu! Jorge Tadeu era um fotografo pegador que pegou (pois ele era pegador) deus e o mundo na novela e por isso foi morto por um marido raivoso. Sem sossegar o facho nasceu uma planta onde ele sempre urinava e quem comia a flor desse pé passava uma noite com seu espírito. Ah, é a novela de Sérgio Cabeleira, o cara que é sugado pela lua cheia!


7 Desejos, em Renascer, 1993
Uma das melhores novelas de todos os tempos tinha que ter uma das melhores músicas de Alceu de todos dos tempos! Poucas novelas foram tão sensacionais e criaram tantos mitos que perduram até hoje no imaginário popular. Tião Galinha queria ter um cramunhãozim na garrafa e sua mulher ficou com o padre. Quem nunca teve um amigo que o apelido era Buba 2-sexos? E por causa das tocaias começou a perguntar quando alguém morria se tinha sido morte matada ou morte morrida? E eu ainda vou realizar meu sonho de pisar cacau e tatuar nas minhas costas: Enquanto meu facão estiver fincado no pé desse jequitibá rei eu não haverei de morrer nem de morte matada nem de morte morrida! Ah, vale lembrar que foi nessa novela que começou a fodificação de Antônio Fagundes, que de Rei do Cacau virou Rei do Gado, Rei de prédio, voltou a ser rei das estradas e começou a repetir incessantemente o papel de Zé Inocêncio. Caramba, quase esquecia do turco Rachid, que costurou o couro de Zé Inocêncio de volta! Foda! A música de Alceu era o tema do jagunço Damião (Jackson Antunes), o segundo cabra mais rochedo da novela, empatado com João Pedro e Carminha (Mariana).


A lista completa das músicas de Alceu nas novelas é esta abaixo. Clicando encaminha para o youtube (não o achei cantando todas, então pode ter algum outro interprete no meio aí).

Rodolfo Nícolas vai escrever uma novela cinza.

25 anos da Eddie em 8 músicas

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A Eddie tá aí lançando um disco pra comemorar seus 25 anos de estrada, tal... E a gente aqui fez nossa própria seleção.
Sensacional arte, pó de lua que se cuide
Parece que eles escolheram 16 músicas, mas assim fica fácil, a gente escolheu apenas 8! Escute abaixo nossa seleção.



Rodolfo Nícolas desequilibra.

Pizza Donna, a pizza quadrada do Quico

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Desde menino eu sonhava com a bola quadrada do Quico. Já adolescente gostava do número 4, pois era o quadrado de dois e o número de lados do quadrado. Sempre me atraí por coisas com o nome quadrado no nome, e isso meus filhos, fez eu ser encantado como um rato pelo flautista de Hamelin pela pizza quadrada da Pizza Donna.
Nunca que perderíamos fotos tão bonitas!
No local há lugar para fazer a refeição, mas preferimos levar pra casa para evitar a fadiga. Custou uns R$ 30 a pizza com três sabores: calabresa, marguerita e 4 queijos (ou seriam 3?). É uma visão muito bonita a bichinha enclausurada naquela caixa quadrada. Estavam os 3 sabores gostosos, principalmente a calabresa e a de queijo. Dava para perceber que na de 3 queijos (eram 3, lembrei) eles realmente colocam os queijos, pois dá para sentir o sabor. A massa é fina, tipo transparente contra a luz, mas não chega a ser crocante como uma cream cracker, é molhadinha e resistente.

A Pizza Donna faz um ferrenho trabalho de marketing sobre o fato de sua pizza ser quadrada. Outra coisa é que sempre é citado que é a primeira do Recife, acho que para dar alguma credibilidade, sei lá. O que interessa é que isso não dá nenhum sabor especial a pizza... não há nenhuma característica que exploda ao contato com a língua ou que erice as papilas gustativas. É uma pizza normal, só que quadrada.
A bela parede verde com o braço cabeludo
Os tomates pequenos
O caminho das azeitonas pretas
Bem, depois do que falei você vai pensar que nunca indicaria essa pizza, correto? E você acertou! Não achei que compensa, não há boa relação de custo benefício, ao menos para mim. Se você gosta de massa fina, vai fundo que a vida te presenteou com a Pizza Donna!

Recife tem duas Pizzas Donna, uma na Avenida Conselheiro Aguiar em Boa Viagem e outra na Avenida Padre Roma, perto do cruzamento do Hospital da Tamarineira com as Casas José Araújo. Vá no site e veja você mesmo! http://www.pizzadonna.com.br/

Rodolfo Nícolas bate a cara nos vidros!

Renovando o estoque de MP3 na Conde Boa Vista

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Aqui em Recife quando alguém tá com vontade de escutar uma coisinha nova vai na Passadisco e vê o que tem de novo no som de Pernambuco. Tem gente que vai na Flowers ou na Vinil pra encontrar coisas mais especificas do rock e música alternativa mundial. Pra quem curte um som mais pesado tem a Blackout e a Abbey Road. Os mais descoladinhos simplesmente procuram nos torrent’s e 4shared’s da vida. O RecifEstranhO não... quando  queremos renovar os CD’s e MP3’s vamos na primeira carrocinha de rua e perguntamos: - O que é que tá bombando aí mestre?
Sempre ali perto da rua que vende cadeira
Hoje (algum sábado aleatório) deu pra ir na cidade bater perna e procurar com calma. Sempre pergunto por um CD com MP3 de bregas das antigas. Um que tem Hélio Julião, Fernando Mendes, Paulo Sérgio e outros clássicos, mas cada vez tá mais difícil de achar. Quando pedi hoje me ofereceram um com Banda Lapada e DJ Val... Caramba, se isso já é antigo eu já virei um monólito. E o cara ainda me afirmou que essa era da época, diferente dos bregas safados e nojentos de hoje em dia, era brega de amor. Sei...

Procurei daqueles que tem MP3, pra render mesmo, já que CD de som eu não escuto faz tempo. Até compro alguns poucos ainda, mas geralmente ficam no plástico e eu baixo em MP3 pra ouvir no celular ou no PC. Então tem que ser bem específico na hora de ir comprar, pois o pessoal que trabalha na rua tem pouco tempo a perder, diga se quer DVD, CD de som ou CD de MP3 que a conversa vai ser rápida, pra perder mais tempo procurando material do que se comunicando.
O Rei ao lado do pessoal daquele filme do fantasminha
Fui numas 4 ou 5 barracas e carroças e notei que elas estão se tornando escassas. Não sei se é combate a pirataria, mudança de mercado ou simplesmente o dia da semana (sábado), mas as ruas estão mais cheias de pessoal vendendo carregador de iphone, anéis e cintos, do que CD’s. Claro que quando chove todo mundo começa a vender guarda-chuva e sombrinha.

Passei muita capa de CD e em duas banquinhas peguei 4 repertórios de torar os beiços!
- Romântico internacional (308 músicas) que começa logo com “I wil be riiight heere waiting fooor yoooouuu”, e depois “forever young”. E tem várias outras de Air Supply, Bryan Adams, Chicago e por aí vai.
- Reginaldo Rossi 20 CDs 266 músicas! Depois do Rei nos deixar, merece um lugar cativo no HD, e a capa me chamou atenção por ter aquele disco “O quente”, que parece ser um dos melhores dele.
- Caju e Castanha 121 músicas em uns 5 CD’s, de 2000 a 2009. Já na segunda fase, após a morte de Caju e com seu sobrinho na vaga. Sou fã da embolada dos ônibus muito provavelmente por ficar ensandecido em minha infância quando ouvia “quem é que vive maaais o ladrão besta ou sabiiiiido...”.
- Por fim, Bregas do Recife 2013 NOVO! 151 músicas seleção Brega Pop com Banda Torpedo, A Favorita, Sheldon, etc. Esse foi o que o cara me garantiu que era show! Vai ter postagem especial quando eu ouvir, pra fazer um apanhado geral sobre essas músicas que ninguém gosta mas daqui uns 3 anos vai todo mundo dançar nas festinhas e formaturas.
Caju e Castanha ao lado dos Novos Bregas do Recife!
Rodolfo Nícolas tem preguiça de baixar as coisas no PC, por isso ele terceiriza.

Dia sem carne e com palestras

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Canapés da Sociedade Vegetariana Brasileira. Foto: reprodução Facebook

O RecifEstranhO sai de seu recesso nesse dia sem carne! Apesar de historicamente o dia sem carne da gente ser na segunda (geralmente saindo na terça), abrimos essa exceção para o mundo e para a Sociedade Vegetariana Brasileira, deslocando-o para esta quinta (20).

Para a gente, que adora comer, os grandes momentos do evento são os 20% de desconto em pratos veganos no Papaya Verde e Yohei Sushi. Esses dois estabelecimentos produzem comida deliciosa, e, você, não vegetariano/vegano tem esse grande incentivo no dia de hoje para provar sabores diferentes.

Astronauta, vulgo Pedro Carlos, recomenda fortemente o Papaya Verde, que, na sua opinião, é o líder desse ramo região de looooooonge. Ele também sugeriu o Govinda, na Rua da Unicap, mas como eu não sei se ele tá no esquema SVB, não vamos nos deter a ele.
Berinjelas do Papaya Verde. 
Mas você não precisa comer apenas nesses dois lugares para participar do Dia Mundial Sem Carne, pode improvisar alguma salada, sanduiche, macarrão, bomba, grole ou gororoba por sua conta. Quem come na rua, nos self-services e PF's da vida pode ter um pouco de dificuldade, mas nada intransponível com um pouco de criatividade.

Só que a data não se resume apenas a descontos, a SVB vai promover nesta quinta, a partir das 19h, na Livraria Cultura do Paço Alfândega, palestras, exibição de filmes e debates relacionados ao veganismo e vegetarianismo. Coisas ótimas para aqueles que procuram entender ou respeitar a opção de vida dos outros ou que querem simplesmente compreender mais sobre o tema.

*Rodolfo Nícolas tentou não comer carne as segundas... mas caiu nas trevas mais uma vez.

Serviço:
Papaya Verde
Rua Santo Elias, 409 - Espinheiro - Recife
(81) 3241-6342
www.restaurantepapayaverde.com

Yohei Sushi
Rua João Tude de Melo, 77 - Lojas 28/29 | Shopping Parnamirim – Parnamirim – Recife
(81) 3053.50000
http://www.yoheisushi.com.br/

Cultura Veg
Local: Livraria Cultura do Paço Alfândega - R. Madre de Deus, s/n – Bairro do Reife - Recife
Hora: 19h
Gratuito


Cavaco, cavaquiiiiinho... Cavaco!

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Alguns pontos do Recife oferecem outras alegrias da viagem que não pipoca. Um paladar mais ousado se arriscaria a prová-lo. Sem sombra de dúvidas o mais gostoso e refinado item a ser vendido em um sinal é o cavaco.
Cavaco em sua forma original e purista
Muita gente nunca deu bola para ele, e deve pensar: - Ai, comer essas coisas vendidas na rua, no sinal... Se Stallone Kobra lê-se seus pensamentos ele diria que você é um cocô, principalmente por perder a felicidade palatal do cavaco.

Ele se quebra ao toque e desmancha na boca. O leve adocicado faz salivar, ahhhhhhh! Mas é preciso comer com cuidado e ter prática, já que se desmancha todo a menor pressão. Outra coisa é que acaba ligeiro demais, derrete facinho facinho.
Perceba a textura utilizada ao fundo: bom gosto e educação
Com o maior cuidado do mundo trouxe um saquinho inteiro para casa, para dar gosto e beleza ao certo sorvete (criatividade mil do RecifEstranhO). Ficou show demais! Show! Show!

Você encontra cavaco em vários sinais da cidade, o mais famoso é o perto do Extra da Benfinca, no cruzamento antes da Policlínica Lessa de Andrade. Lá tem o vendedor agoniado que grita Cavaaaaaacoooo, cavaquiiiiiiiinho, cavaco! Dois pacotes dessa beleza custam em média R$ 5,00 e dão alegria muito mais valiosa. Está na lista de patrimônio do Recife pelo RecifEstranhO.
Iguaria! Cavaco com sorvete de doce de leite e chocolate com licor
Rodolfo Nícolas não chora cavaco.

A fantástica fábrica de paper toys

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Fotos: Marcela Balbino/RE
Quando assistia a Fantástica Fábrica de Chocolate me recordo que sempre quis nadar naquele rio de chocolate. Sonhava com Willy Wonka (o original e não aquela coisa emo do remake, embora Johny Depp seja um gatxinho) me levando pela mão e me deixando escolher o que quisesse. Arrá. Nesta quinta-feira (3), me senti mais ou menos assim. Fomos convidados para conhecer o espaço da Lacta, no Shopping Recife, e conferir alguns produtos. Pedi a Nossa Senhora da Dieta, cuja oração eu nunca aprendi, coragem e obstinação para entrar no espaço, com teto cheio de ovo de páscoa, e não sair pegando todos.

No espaço, havia uma máquina que transformou eu e Rodolfo em bonequinhos, paper toys para ser mais profissional. É quase um mini craque, aquele da copa de 98. Mas, para ser mais precisa, é mais um origami tipo o Yoda de papel, tipo o do livro de Tom Angleberger. A ideia é tornar o ovo de páscoa algo mais especial e personalizado. Não apenas chocolate e embalagem colorida, a intenção é transformá-lo em um presente mesmo. É massa. O cliente pode comprar qualquer produto, apresentar o cupom fiscal e fazer o bonequinho. 

Pausa pro momento criança ;~~

Fiquei besta com a mini Marcela, não vou mentir. Carreguei na morenice, no sorriso e nos cachinhos. Rá! Morra de inveja você que passa horas com os cabelos cheios de bobs. Tentei colocar a camisa do Carcará em Rodolfo, mas não rolou. Ele ficou todo "empabecido" (aquele que está pabo, no vocabulário salgueirense) com o boneco dele. Seus filhos vão gostar. Seus amigos vão gostar. Os boyzinhos e as boyzinhas mais ainda!

Também fiquei feliz com a mudança de conceito nos ovos de páscoa. Lembro que na minha época (falou terceira idade), os modelos que dominavam eram os da Barbie, Hello Kitty e essas paradas. Mas hoje encontrei um bem legal de uma boneca zumbi. Achei digno e democrático. Feminismos à parte, é interessante essa fuga do padrão de beleza das princesinhas mi mi mi.

Porque no fim todas as princesas viram caveiras (pérola de Rodolfo)

Sim, é importante lembrar que a máquina que produz os bonequinhos está disponível apenas no Shopping Recife.

Marcela e Rodolfo escreveram a resenha a quatro mãos <3

O Recife Estranho, fino e descolado, visitou o espaço a convite da assessoria.

Milenna, do Não Cozinhar, e eu trabalhada na riqueza com meu maxi colar e meu cabelo igual ao do Rolo

A cerimônia do caldo de cana

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A cana-de-açúcar vindo da Zona da Mata para o Recife. Foto: reprodução do curta Acercadacana, de Felipe Peres
Eu não sei tomar caldo de cana. Nunca gostei de tomar essa bebida e não entendia o motivo. Hoje, após atingir a maturidade, compreendi alguns aspectos deste ritual. Sim, deste ritual. Recolher do caldo de cana a doçura do açúcar é complexo como a cerimônia do chá nipônica.
Ah, o doce sabor adocicado que molha os lábios e alegra o coração (tenho ouvido muitos bregas clássicos nos últimos dias)
Lembro que me chateava horrores com meus amigos tomando o caldo devagarzinho e comendo pão de queijo*. bebericavam, mordiam, conversavam e viam o mundo passar. Ficava agoniado com a demora e a paciência deles.

Esses dias fui fazer prova no Detran e resolvi tomar um caldo de cana na praça de alimentação de lá (aquelas barraquinhas que ficam em frente ao prédio). Fiz tudo errado e só aí pude ver no passado o caminho certo. Comprei, por R$ 2,00, um copo de 300ml e tentei tomar com goladas longas e rápidas. Apesar de ser um doce suave e muito saboroso, em doses cavalares arripuna a garganta! Também falhei em não comprar nada salgado para contrastar o sentimento das papilas gustativas.
Apesar da belíssima foto do canavial no começo do texto, provavelmente eu tomei caldo feito com cana plantado em algum quintal recifense
O caldo de cana tem que ser tomado lentamente, goles curtos alternados com algo salgado. Pequenas pausas para prosear ou contemplar o universo são essenciais para aproveitar o máximo dessa bebida. Uma boa música também ajuda muito e, nesse dia mesmo, tocava 100parea (a música do vaqueiro velho).

Esse que tomei foi feito num engenho C200, inox, motor a gasolina 3,4CV de 1740RPM. Comprei em frente ao Detran, mas também é possível encontrar na frente do Parque da Jaqueira e em vários outros lugares do Recife, como o Mercado de São José, por exemplo.

Rodolfo Nícolas chupa cana e assovia.

* Em Salgueiro pão de queijo é um pastel retangular recheado com uma massa à base de queijo (bem pouco queijo, bem pouco, pouco mesmo).
Esse espaço vago foi o CD de brega que eu comprei

Dica com água e tinta para os artistas de plantão

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Por esses dias vai acontecer na Casa do Cachorro Preto em Olinda um curso de técnicas de pintura com aquarela ministrado por Beto França. Talento sobrando que pode respingar em você, saca aí no link: https://www.flickr.com/photos/betofranca/. Rapaz... apesar de nunca ter entrado no estabelecimento onde o curso vai acontecer, eu sempre me lembrava do meu companheiro Gonnosuke, que poderia ser muito bem descrito pelo nome da casa. 
Linda bb feita por Beto França - esta e as outras imagens foram retiradas do flickr do artista
Eu acho que depois de dominar a tinta guache, o sonho de toda criança é comandar a aquarela. Claro que a repetição incessante da clássica música de Toquinho é o motor que move esse desejo infantil, mas, algumas pessoas crescem e tem esse desejo brotando mais uma vez em suas mãos e coração.

Estou longe de pintar usando aquarelas. Também estou longe de dominar os lápis aquareláveis. Passo distante de desenhar o que imagino. Esboço? É, talvez. Eu dei umas boas pesquisadas um tempo atrás sobre pintura com aquarela. Fui pedir ao Shiko que autografasse minha revista do Piteco e ele fez um autografo em tempo real todo na aquarela (mesma técnica que ele usou para ilustrar toda a revista). Um não, três. Cada revista que comprei teve seu devido desenho em tempo real.
Eu acho que é a menina do desenho anterior, só que maior
A aquarela também é conhecida como aguarela, pois é a tinta molhada com água (dããã) que cria a pintura. Deve estar errado isso que eu falei, mas foi assim que entendi. Achei que era difícil pra mim e passei um tempo me dedicando a pintura com lápis aquareláveis. Não é tão nobre, mas consegui bons resultados. Resultados médios... Tá, dá um efeito legal a tinta espalhando por causa da água.

Os interessados no curso podem entrar em contato através do e-mail: beto2franca@gmail.com e acasadocachorropreto@gmail.com
Curso Aquarela com Beto França 
Sábados, 24 e 31/05, das 14h às 17h, pela bagatela de R$200 à vista, ou, 2xR$115. Na Casa do Cachorro Preto, Rua 13 de maio, 99 – Cidade Alta – Olinda – PE.

Rodolfo Nícolas descolorirá.

Quero ver é na copa #1 - Músicas para ir se ambientando com Recife

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Tá aí, vai ter ou não vai ter copa, ninguém sabe ainda como vai ser, mas se tu vens (tu vens, eu já escuto teus sinais) de fora pra Pernambuco ver algum dos jogos é bom ter uma noção de onde está se metendo. O RecifEstranhO vai dar algumas dicas desse esquema para você (mesmo o visual novo tendo atrasado igual as obras da copa...). Caso não entenda português, também fizemos esse texto para você e, ao colá-lo no google tradutor terá noção do que acontece.

E nesse primeiro guia, para se situar dos entornos da arena pernambucana, nada melhor do que música. Todo lugar que se preze algum trovador já escreveu alguma música ou cantiga falando de suas pradarias. Recife e sua região metropolitana estão na mesma (é, o jogo é alardeado que é em Recife mas na verdade é numa cidade vizinha, mas vou fingir que me pagaram e vou falar mais de Recife) e tem boas músicas falando de suas ruas e bairros. Segue a belíssima seleção feita por nossos redatores!

5) Bob - Otto
Nosso querido barriga branca que nunca está sóbrio nos shows, nos brindou em sua fase mais tecno-pop com essa beleza musical que gruda na sua cabeça igual chocolate hidrogenado não se desfaz na boca. Uma boa para ir se familiarizando com os nomes de bairros tradicionais da capital pernambucana.


4) Pelas ruas que andei - Alceu Valença
Com belo viés poético, Alceu fala de ruas e bairros tradicionais de Recife onde ele procurou alguém. Talvez ele nunca tenha encontrado, mas nada impede que você procure.


3) Guia de Olinda - Erastos Vasconcelos e Eddie
É injusto falar de Recife sem  falar em Olinda, são cidades irmãs e coladinhas. Dá pra ir de uma até a outra pegando um ônibus vale A. Erastos escreveu esse mapa falado de Olinda e suas ruas famosas e com jeito carnavalesco, mas foi com o(a) Eddie que todo mundo ficou conhecendo. E se tu vier pra Recife e não for em Olinda, tu falhou na vida.


2) Recife minha cidade - Reginaldo Rossi
Depois de já ter se acostumado com os nomes das ruas e bairros, escute o finado Rei do brega fala da sombra e água fresca de sua Recife (e Olinda também) idealizada e boa de praia.


1) Leão do Norte - Lenine
Tá, a copa tá marcada pra Pernambuco e o melhor clichê das coisas da nossa terra foram condensados por Lenine nessa composição clássica do cancioneiro popular nordestino. Ele fala de muitas coisas do estado que você tem que conhecer, claro que ele foca na região litorânea que é o lugar de onde ele é e onde fica a capital. Apesar de Pernambuco não ser só isso, dá um bom panorama do que está na superfície mas, acredite, o melhor está mais para o lado do interior.

0,5) Recife - Jorge Cabeleira
Mas em Recife e Pernambuco nem tudo é alegria e festa (na verdade é bem pouco), e, Jorge Cabeleira fala das diversas mazelas que afligem nosso povo desde muito tempo. E isso não vai mudar com a Copa e depois dela parece que também não...


Rodolfo Nícolas cantou Salgueiro em verso e prosa.

Quero ver é na copa #2 - 5 comidas doces das ruas de Recife

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Aí você atravessou o mundo pra ver um jogo de bola aqui em Recife e enquanto espera o jogo fica com fome... vai no autibeque? No mequedonaldes? Vai nada, vai ter que comer pela rua mesmo, que você é um turista de várzea, um turista moleque igual ao futebol brasileiro. Então, sendo mais específico dá aquela vontade de um docinho e pá! Em cada esquina, em cada fiteiro, em cada carroça uma oportunidade pra você. Confira mais uma lista!

Pipoca tem no mundo todo, doce igual a daqui eu não sei. Sem mais.
Pipoca aaaaa, cheiro de pipoca espalhando no ar
4 - Churros
Em qualquer parque e praticamente todas as ruas do centro você come churros recheado. Procure os que são feitos na hora, são mais caros que os dormidos (1 real contra 50 centavos geralmente) porém muito mais saborosos. Coma quente e queime a boca com a massa açucarada-acanelada fumegante e alivie com o doce de leite.
Churros, churros, que não é o da dona Florinda
3 - Cavaco
O refinado sabor dos sinais, 10 vezes mais saboroso que qualquer profiteroles que o dinheiro pode comprar de "chefs" vaidosos e sem amor. Finíssima massa laminada com afiado sabor adocicado.
Profiteroles de cavaco, ou algo assim
2 - Nêgo bom
40 é 1 real, 40 nêgo bom é 1 real! Nunca descobri do que é feito, desconfio que a massa é de goiaba (ou de caju?) e que o açúcar é de cana. Se encontrar essa suculenta delícia compre, pois está cada vez mais difícil de encontrar (de comer 40 nem falo...).
Olha o nego bom em sua embalagem clássica
1 - Japonês / Quebra-queixo
Na minha infância de menino do interior, o melhor doce era o quebra-queixo. O cara passava gritando, todo mundo ia pras portas, quem ia comprar ele armava o tabuleiro e com uma ESPÁTULA de pintor tirava sua lasca daquele melado de coco, com a consistência mais liguenta e saborosa já inventada. Achei que nunca encontraria igual. Aqui em Recife eles chama o quebra-queixo de japonês, e, não me pergunte o motivo pois eles teimam em mudar o nome das comidas e defender essas heresias. O japonês eu dou um desconto, já que aqui tem um de amendoim e de castanha que completam a soberba do de coco puro.
Este poeta concorda com o quebra-queixo japonês!
Entra na posição meio por não ser bem uma comida, é gelo raspado com xarope mancha pulmão. Nesse calor, refresca pra caramba.
Quase certeza que foi feito com água do rio
0,25 - Mungunzá doce
Aí o recifense com sua mania de mudar o nome das comidas faz um melegô de milho e leite de coco e chama de mungunzá. Nunca cheguei perto, tenho medo de ser castigado e Thor jogar o martelo na minha cabeça. Nego-me, nego-me...

Rodolfo Nícolas é de rua.

Viva os malabares! O cruzamento mais artístico do Recife

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No cruzamento da rua Cônego Barata com a Padre Roma, a Rosa e Silva e a Estrada do Arraial (se eu tiver olhado errado os pontos cardeais, é o cruzamento do hospital da Tamarineira onde tem as Casas José Araújo) praticamente todo dia tem show. Sempre tem, lá pelas 18:00 alguém fazendo arte. Fogo, monociclo, malabares, bolinhas, etc. Quando dá, paro para olhar mesmo sendo pedestre. Geralmente tiro algumas fotos que nunca serão premiadas ou expostas na Caixa Cultural, mas me divirto muito. Alguns deles são "hermanos", pois os escuto "hablando". Curtam aí.
Algo me diz que Felipe é o líder
Fogo no céu!
Malabares no monociclo.
Fogo ao meio dia.
...bailaaaaando no aaaaaaar, ú ú...
O mundo passando e os malabares voando
Viva os malabares
Rodolfo Nícolas apanhou quando machucou as laranjas sonhando em ser do circo.

O pastel de rua do Gato Doido

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Eu gosto do pastel de rua. Se você não gosta, tenho uma notícia para te dar: - Viverás mais que eu!!!!! Uma das comidas que ao sentir o sabor nas papilas gustativas, o coração vai ficando sobrecarregado com o entupimento das veias e artérias, que causam o aumento de pressão. E não há lugar melhor que o baluarte dos fins de noites e madrugadas da Zona Oeste, O Gato Doido! Esses pastéis são patrimônio pernambucano, tipo bolo de rolo e buchada de bode, e se encontram por toda a cidade.
Gato doido bombação no esquema de cores
O esquema é o seguinte, consultando a tabela de preços você define a quantidade de recheios que deseja e informa ao chefe, ele vai colocar (geralmente com uma colherzinha ou com a ponta de uma faca) milimétricas porções de cada ingrediente dentro daquela massinha de pastel que você compra no mercado, lacrar com a serra da faca ou com um rolinho, besuntar com manteiga e jogar no óleo fervente. Se você gostar, pode colocar catechupe e maionese junto aos recheios (eu juro que tem quem goste).
Borda mais crocante desse lado do continente
Escolhi o Gato Doido para falar, pois nunca ninguém tinha conseguido uma borda tão crocante como a da especiaria de lá. Em GD você escolhe entre oito sabores, e, no dia que o visitei, comi o clássico que vem todos, todos, todos os oito! Lá também é ponto de referência no Engenho do Meio, todo mundo sabe onde é e fica aberto até tarde. Também acho que supera em muito a clássica barraquinha do Parque 13 de Maio que fazia minha alegria quando trabalhava perto do Cemitério dos Ingleses.

O pastel de rua do Recife difere dos pastéis de vento e chinês clássicos do universo por não terem tanta maleabilidade, tempero de sinal e de sereno. Nos outros é tudo muito fixo, muito engessado. Fico imaginando quando vão bolar uma coxinha que você escolha os recheios na hora e em seguida jogue no óleo quente.

O Gato Doido é um trailer amarelo que fica no Engenho do Meio, após o cano da Compesa (sim, essas informações são mais do que suficientes para você encontrar o local). Além do pastel, lá vendem salgados e coisas de fiteiros em geral, além de bebidas diversas mil.
Muito doidos esses "Vingadores" que vi na cidade!
Você também pode encontrar os pastéis nesse esquema na Avenida Dantas Barreto e próximo à Agência Central dos Correios, na Avenida Guararapes, geralmente em todas as esquinas dos bairros residenciais (com casas) do Grande Recife.

Rodolfo Nícolas comia um pastel e dois churros (o paulista come dois pastel e um churros).

Abeleão foge da ZooBurguer e causa pânico na avenida norte

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Não me lembrava desse desenho, mas quando ouvi comentários sobre o mesmo algo familiar veio a minha mente... Ficou martelando e certo dia eu tava de bobeira pelo Rosarinho e pela primeira vez na história fui lanchar no famoso Zoo Burguer. Matei a charada!
Ah, o milho... existe hambúrguer de milho?
O Zoo Burguer é uma tradicional hamburgueria da zona norte do Recife, tendo estampado na sua porta os 27 anos de funcionamento. Moro aqui tem uns 12 anos e sempre passei em frente sem nunca parar, dessa vez não resisti e fui conferir o cardápio. Antes de falar dos sanduíches, tem que falar dos Wuzzles! Esse era um desenho da Disney que misturava os animais para gerar criaturas como o ursoleta (urso + borboleta), Eleru (elefante + cangurú), abeleão (abelha + leão) e já deu para entender o esquema. Confira a abertura da parada abaixo.

Assim, a maioria dos sanduíches tem o nome de um dos personagens do desenho e em sua composição alguma característica ligada ao nome. Por exemplo, o Abeleão é feito com carne de leão e molho de mel. Tá, acabei de inventar isso... mas seria muito legal... seria... Como o desenho tinha poucos personagens, alguns dos nomes do cardápio são de autoria da própria lanchonete, feito o que eu pedi, o Ursauro. Acredito eu que mistura de urso com gauro. Estava delicioso o hambúrguer de picanha, com queijo, bacon e cremoso creme de milho!
Lá não tem milk-shake, é tradicional! Refrigerante, suco ou água.
Deu preguiça de descrever os sanduíches e tá aí um pedaço do cardápio
O Zoo Burguer fica na Galeria João de Deus, número 836, perto da Casa Rosada. Vale muito dar um conferida na comida!

Rodolfo Nícolas acha o Tubaré o animal mais agressivo já engendrado pela mente humana.

Obs: Ouvi sobre o desenho no podcast Pauta Livre News.

Kelvis Duran, vida, obra e principado

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RecifEstranhO que não é tão safado quanto ela, trás para você a batida tecno-brega do ídolo e príncipe do Calypso Kelvis Duran! Vida e obra deste ícone nordestino e recifense, uma das figurinhas mais exóticas da cena brega dos últimos anos.
Tchaáááá
Pouca gente sabe, mas Kelvis Duran nasceu em Mossoró no Rio Grande do Norte, e lá mesmo iniciou sua carreira artística vencendo um concurso musical chamado “A mais bela voz do oeste potiguar”. O ainda desconhecido Kelvis venceu, além do calor, mais de 200 adversários nesta sua primeira empreitada. Em sua cidade natal ele começou a tocar nas festas locais e com uma famosa banda da cidade... que não sabemos o nome! Provavelmente tocou em muitos botecos, gafieiras, puteiros, postos de gasolina e toda aquela luta que músicos do interior passam.

Sua estrela começou a brilhar mais forte quando se tornou integrante da Banda Flor da Terra. Curiosamente seu irmão Kelps também ingressou na banda junto com ele. O nome Kelps é provavelmente uma corruptela do nome da maior das 3 grandes pirâmides do Egito: Queops, Quefren e Miquerinos. Acho que os mais novos não devem saber, mas é da Flor da Terra o sucesso “Condenada”, que tocava em todos os forrós do sertão, agreste, zona da mata e qualquer lugar do meio da década de 90 que tivesse alguém sentando num tamborete e, consequentemente com as nádegas doendo do couro duro do bode, tocando um forró no Nordeste. Foi o primeiro contato de Kelvis com o sucesso. Curta aí esse clássico do forró eletrônico (ou oxente-music para os mais hipisters).



Pelo final dos anos noventa, por volta de 1998, Kelvis se mudou para a banda “Caviar com Rapadura”, de Fortaleza, outro grande nome do oxente-music. Essa banda sempre investiu no visual vocalista cabeludo para fazer sucesso com as adolescentes, vide que ela também lançou Berg Rabelo para o mundo (Wesley Safadão é mera cópia...). Aí Kelvis conheceu o verdadeiro sucesso e vendeu mais de 300 mil cópias! Um dos grandes sucessos dessa fase foram “Balançando o esqueleto e Lágrimas de crocodilo”.



Aí já com o gostinho da fama e do sucesso Kelvis e seu irmão Kelps fizeram o que a maioria dos vocalistas de oxente music fazem uma hora, saem de sua banda e montam outra (não esqueçam que Michael Jackson também fez isso!). No caso a nova banda foi a K2C, que não encontrei nenhum áudio decente para mostrar aqui. Essa banda durou uns 2 anos e parece que dela surgiu o contato de Kelvis com a região metropolitana do Recife. Nessa mesma época, por volta de 2004, ele inicia sua carreira solo tendo como fonte de inspiração o grande sucesso do momento: Calypso! Ele abraçou o tecnobrega de vez, o que não foi difícil devido a sua origem do oxente music de raiz (se é que existe algo do tipo) e se lançou com o clássico “Estando com ela e pensando em ti”!!!!! Vaaaaaaai!



Essa música explodiu em Recife e deixou o elemento de cabelos longos, sorriso de coringa, maquiagem carregada e roupas extravagantes conhecido nas mais badaladas casas de show da cidade. É o próprio Kelvis quem desenha suas roupas e dizem as lendas que ele se inspira em figuras pops e video-games (ambos provavelmente dos anos 80, é só prestar atenção nas ombreiras... tem horas que ele parece um inimigo do Streets of Rage). Esse visual o deixou famoso na internet depois que virou figurinha carimbada no Não Salvo com seu clipe “Esqueleto”, claramente inspirado no clássico Thriller de Michael Jackson.

Ele conseguiu algo que poucos artistas aqui do trecho consegue, ter um público bem heterogêneo. Tocava tanto nas periferias como nas festas universitárias, lotando os lugares. De sua primeira safra de composições solo, outro grande sucesso foi Perdidos!



Ainda hoje sua agenda é bem cheia e talvez eu (e você) não o veja mais na TV por não assistir mais aos programas do meio-dia. No auge ele tocou em vários programas locais e dizem que até no Gugu e no Faustão... mas aí não vi... só posso falar por Dany Oliveira, Pedro Paulo, Bate Paco Musical, Tarde Legal, Tribuna Show e todos esses da mesma safra.

Apesar de estarmos na era digital é bem complicado encontrar informações sobre ele, já que não possui um site oficial pra contar sua história ou falar de seu acervo. Aparentemente ele só tem 2 CDs solos gravados e praticamente não se encontra nada na internet sobre sua banda K2C. Também não dá pra saber exatamente em que fases da Caviar com Rapadura e Flor da Terra ele participou, o que é uma pena.
Por isso que sei que foram só dois discos
Alguns dos outros sucessos dele foram O clone, Brega do Raparigueiro, Agora é Gaia e por aí vai. Com esses títulos das músicas e as que já tocaram fica claro o motivo de seu estilo tecnobrega e também da alcunha O Principe do Calypso! É amor da forma mais sofrida e cheia de tormentos que se pode imaginar.

Pra encerrar a clááássica Perdoa-me, que é repleta de todos os clichês dos bregas antigos e novos!


Rodolfo Nícolas perdeu aquele show de Kelvis no Quintal do Lima...
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